Propomos um cuidado que busque a tecnologia apropriada à singularidade de cada paciente e de sua situação vivencial, tendo como premissa que nem sempre fazer mais significa fazer o melhor.
A dra. Victoria Sweet conta de maneira romanceada os anos que trabalhou no Laguna Hospital em São Francisco, cuidando de doentes crônicos. Katy Butler é jornalista científica e descreve o tempo que cuidou de seu pai, em sua longa e sofrida trajetória até falecer. O livro do Dr. Bernard Lown não por acaso é citado no artigo do dr. Alberto Dolara, Invitation to a Slow Medicine, que cunhou o termo “Slow Medicine”.
O livro afirma a necessidade do tempo de dedicação à construção de um sólido relacionamento médico-paciente como base essencial de uma boa prática médica. Auto-biográfico, desenrola-se ao longo dos 50 anos de atendimento hospitalar, ambulatorial e do trabalho em pesquisa do dr. Lown em Boston.
De grande relevância é o livro do grupo italiano de Slow Medicine, escrito por Giorgio Bert, Andrea Gardini e Silvana Quadrino , que delineia o caminho do desenvolvimento do conceito da SM, propõe parâmetros de atuação para o profissional que deseja ancorar sua prática nesta filosofia e esclarece as implicações trazidas por este conceito para a saúde pública e para os cidadãos.
Este livro ainda é disponível somente em língua italiana. Os demais livros foram citados por trazerem informações relevantes e confiáveis, particularmente nas áreas de envelhecimento, cuidados paliativos e prevenção.
Incorporamos 2 livros de um autor brasileiro, o dr. Kurt Kloetzel, que, antecipando-se às proposições da Slow Medicine, já propunha a necessidade de formar melhor os médicos, valorizando a consulta médica, o relacionamento médico-paciente e questionando o uso abusivo da tecnologia e a super-especialização dos profissionais, o que acabava por encarecer o custo da assistência à saúde, frequentemente com resultados pouco satisfatórios para o paciente.