[vc_row][vc_column][vc_gallery interval=”15″ images=”1924,1607,1606,1608,1682,1928,1927,1926,1603,1869,1925,1690,1865,1866,1791,1859,1864,1792,1863,1857,1797,1794,1795,1937,1931,1936,1934,1932,1933,1935,1941″ img_size=”large” title=”Memórias: primavera de 2016″][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Por José Carlos Campos Velho: Os meses de setembro e outubro foram profícuos para a divulgação da filosofia da Slow Medicine no Brasil. No mês de setembro tivemos vários eventos e atividades de em todo país, culminando em outubro pela passagem de Marco Bobbio no Brasil. A internet foi o passo inicial para que as ideias da Slow Medicine – a Medicina sem Pressa, expressão que está tomando força particularmente na mídia – tomassem impulso, através da publicação de nosso website e de nossa presença nas redes sociais – Facebook, Twitter e mais recentemente no Instagram.
Porém, pudemos observar que, apesar da intensidade e velocidade que a internet oferece à disseminação da informação, o contato humano é insuperável para sedimentar e concretizar as relações humanas. Nada mais congruente com a filosofia da Slow Medicine, que preza a relação médico-paciente como a pedra fundamental do cuidado médico, sedimentada pelo tempo e pelo conhecimento mútuo entre médicos, profissionais de saúde, pacientes, suas famílias e a comunidade.
Criamos uma página de Eventos em nosso site, onde estão registrados eventos que já aconteceram e eventos planejados, que podem ser palestras, aulas, participação em congressos e encontros. Nesta página podemos ter um vislumbre do alcance das atividades nestes 2 meses. Palestras em hospitais, em eventos científicos, em escolas, atingindo diferentes públicos, desde médicos e profissionais de saúde até grupos de idosos.
Entre estas salientamos a palestra proferida no dia 8 de setembro pelo dr. Dario Birolini no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, onde ele fez uma análise crítica da prática médica atual e a estratégia da Slow Medicine e seu contraponto, na reunião científica do almoço do hospital.
Aqui uma menção especial ao que chamamos da “Semana Slow”, em Santa Maria, RS. No final de setembro, o dr. José Carlos Campos Velho, voltando às suas origens, teve a oportunidade de falar sobre a Medicina sem Pressa na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Santa Maria, faculdade onde se formou em Medicina. Uma experiência tocante e emocionante. Os eventos foram organizados pela dra. Maria Tereza de Campos Velho, professora de Ginecologia da FMUFSM e membro da Comissão de Bioética Clínica do Hospital Universitário de Santa Maria, onde tivemos oportunidade de falar para os estudantes do Mestrado Multiprofissional em Saúde e para os médicos e profissionais de saúde vinculados ao hospital e interessados. No Hospital Universitário de Santa Maria, era um final de tarde, a luz cristalina da primavera gaúcha iluminando os prédios do campus da UFSM, criando uma atmosfera de magia e intimidade. A conversa se alongou por 2 horas e saímos todos com a sensação de termos participado de um momento potencialmente transformador.
Não podíamos deixar de mencionar nossa palestra na Escola de Adultos da Faculdade Metodista de Santa Maria – FAMES, onde fomos ouvidos atentamente por um público de cerca de 60 idosos, que tiveram intensa participação durante a conversa e onde pudemos ter a certeza de que os princípios da Slow Medicine tem uma enorme ressonância nos anseios do cidadão por uma assistência à saúde “sóbria, respeitosa e justa”.
Em outubro, a peregrinação de Marco Bobbio de norte a sul do país deu um impulso enorme à disseminação de nossa filosofia. O dr. Marco, incansável, com seu jeito simpático, acolhedor, aberto, falou com profundidade e consistência do Movimento Slow Medicine na Itália, país onde esta iniciativa é mais consolidada e coesa, além de ter dado uma enorme contribuição ao fortalecimento da Campanha Choosing Wisely Brasil, que na Itália é organizada pela Associação Slow Medicine. Recife, Salvador, São Paulo, Curitiba, Joinville e Campo Grande puderam desfrutar de sua experiência e sabedoria.
Certamente para nós, seu périplo culminou com a palestra na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo , em evento coordenado com brilhantismo pelo dr. Dario Birolini, no dia 19 de outubro de 2016. Na presença de um público numeroso e representativo do pensamento médico da capital paulista, o dr. Bobbio dissertou sobre “Slow Medicine – sua história e sua filosofia” e, numa atmosfera de enlevo, colocou a pedra fundamental do Movimento Slow Medicine Brasil, num local de enorme significância, a Sala da Congregação da FMUSP. O evento marcou também o lançamento oficial do site www.slowmedicine.com.br . Não podemos deixar de mencionar e agradecer a colaboração da Direção da FMUSP, que nos forneceu toda a estrutura para o sucesso do evento, e ao trabalho do dr. Kazusei Akiyama, sem o qual a organização do evento correria sérios riscos de ficar incompleta. Nas palavras do dr. Dario Birolini, foi um evento quase familiar – agradecemos a colaboração que tivemos de nossas famílias e amigos. A Slow Medicine debutou no Brasil com pompa e circunstância.
No dia seguinte, a cena salta para Curitiba: o Iº Encontro Científico Choosing Wisely Brasil , evento paralelo ao IIº Congresso Brasileiro de Médicos Hospitalistas. O encontro foi de uma riqueza ímpar: explanações ministradas por expoentes da campanha no Brasil, sobre a origem do movimento, seu suporte filosófico, ligações com a Slow Medicine e iniciativas existentes no Brasil. O dr. Bobbio proferiu 2 palestras no evento, uma sobre a iniciativa italiana – “Fare di piu non significa fare di meglio” e a segunda sobre um tema palpitante: “A arte de não prescrever”, onde dissertou sobre polifarmácia e as formas de lidar de maneira racional com este crescente problema.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]