2020: Chi va piano va sano e va lontano

dezembro 24, 2020
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“Devagar se chega longe (e com saúde).” – (tradução livre do provérbio italiano)

Este é um texto diferente. Em seus parágrafos, ele traz o que algumas das pessoas mais intensamente envolvidas no Movimento Slow Medicine Brasil perceberam como aprendizados valiosos nesse ano desafiador. São relatos pessoais que refletem a personalidade, os valores e a visão de cada um, mas que ao mesmo tempo nos permitem enxergar o contexto inteiro em suas palavras: é menos difícil quando estamos juntos . Mais do que um texto a ser lido, essas são palavras para derem degustadas. Sem pressa.


“Aprendi que cooperar é algo bem diferente de colaborar, estando a primeira num nível muito mais profundo que a segunda. Para colaborar basta oferecer algo a alguém. De informação a um par de sapatos, de cestas básicas a remédios de graça, de trabalho voluntário a depósitos em dinheiro. É necessária empatia para reconhecer a necessidade nos olhos do outro, e compaixão para transformar essa percepção em ação para aliviar seu desconforto. Para cooperar, no entanto, o processo vai além. É preciso mergulhar na realidade do outro para transformá-la desde suas raízes, e é essencial o compromisso de continuar lá. Colaborar alivia, cooperar transforma. Transforma o outro, transforma o mundo, transforma a nós mesmos.”

Ana Coradazzi


A importância de vivermos o momento presente, de estarmos conectados com a vida com atenção plena, de buscarmos qualidade de vida e bem-estar, enfim… slow life…”

Andrea Bottoni


“Dois mil e vinte: o ano para ficar na História, em nossas biografias e corações. À medida que fomos empurrados para dentro de casa e para dentro de nós mesmos, o que emergiu foi a autenticidade.  Ficou claro que as relações genuínas não vêm do ego, voltado para construção de imagem ou interesses pessoais. Elas se bastam e se sustentam por si só. Foi esta a sensação que fecha o ano Slow Medicine para mim. Mesmo sem a presença física, a tecnologia possibilitou verdadeiros encontros, inaugurando parcerias e fortalecendo afetos, com um fluxo de trocas ricas e prazerosas. Nunca fomos tão produtivos. No Coletivo. Na Colaboração. Na Co-Criação

Entre altos e baixos pessoais, percalços e sofrimentos comuns, o relacionamento afetivo e verdadeiro prevaleceu. Nossos encontros virtuais, mais frequentes, foram um bálsamo, um respiro necessário e restaurador em meio ao cotidiano tão desafiador deste ano. Unia uns e outros em momentos diferentes – em casa, no consultório, no trânsito… numa motivação que, literalmente, atravessou oceanos e o país. Tudo ocorrendo de forma orgânica, tecida a cada momento, independente de quem estivesse presente ou não. A chama não só permaneceu acesa, como aumentou, acendeu outros grupos, que se tornaram igualmente participativos e difusores da filosofia Slow.

Só posso abraçar a todos com muito carinho e gratidão pelos momentos vividos. Que a nossa chama siga forte e iluminando novos caminhos para a Medicina e a Saúde, no seu aspecto mais amplo e sublime – o bem estar de todos a cada um.”

Andrea Prates


“Tolerância e Gratidão se fizeram necessárias para alcançar a SUFICIÊNCIA.”

Antonio Pessanha Henriques Júnior


“Quando o invisível vírus coroado chegou, a luz já era pouca no nosso país tropical. Já percebíamos a escuridão desumana na fala, nas redes sociais e nas atitudes de amigos, parentes ou desconhecidos, numa terra aplainada e deformada pela miopia coletiva. A natureza já dava seus sinais de alarme há algum tempo. A pequena criatura de coroa chegou e se tornou nosso rei. Finalmente tínhamos algo em comum: a ameaça de uma doença grave. Apesar do rei único, o risco era diferente entre nós. Expôs nossas desigualdades e fragilidades históricas. Caso o velho Saramago estivesse por aqui, escreveria outra obra: “a permanência da morte”. E talvez repensasse o seu ensaio sobre a cegueira. Sua visão foi talvez tímida comparada com a realidade. Diante da iminência da morte, o mundo não se uniu, os líderes se mostraram incapazes de educar, agregar e se fazerem ouvir. Instituições seculares de proteção a saúde humana e ao planeta foram menosprezadas.  A mais capitalista das nações permitiu a morte de milhares de seus cidadãos.

Porém, surgiram gigantes entre os trabalhadores da saúde e da ciência, como não víamos desde a última grande guerra. Esta lição tão cedo não será esquecida. A permanência da morte atravessou o ano, conferindo outra dimensão ao tempo. Contamos nossos mortos dia a dia, nos esquecendo de contar semanas e meses. Crianças nasceram e foram acolhidas virtualmente. Pessoas morreram e nos despedimos virtualmente. 

O que aprendi? Contrariando minha natureza errante, fiquei. Esperei. Ponderei. Pensei de novo. Esperei mais. Sem passar os dias escutando outros, escutei a mim mesma. Quase 40 anos depois de ter saído de casa, passei um longo tempo com minha mãe idosa. Talvez essa tenha sido a maior graça de 2020. Poder voltar a casa de infância.  E poder voltar a fantasia da infância, brincando com meus netos por um tempo sem pressa. Poder se sentir um elo entre as gerações. Poder simplesmente permanecer e estar forte. Entender que o exercício da escuta e da aceitação do outro, começa em casa e com os mais próximos. Talvez essa seja a vacina mais eficaz e duradoura que o reizinho possa nos trazer. Se não formos imunizados contra o individualismo, seguiremos às cegas brigando nas filas por uma vacina contra essa pequena criatura coroada, que pode ser a primeira de muitas outras ameaças. Que 2021 nos renove a lucidez, a coragem e a humildade e encontremos um caminho de luz!”

Carla Rosane Ouriques Couto


  • O tempo voa, a tecnologia avança de forma inimaginável, o acesso a informações, ainda que nem sempre confiáveis, é assustador, mas o homo sapiens continua com o mesmo perfil tanto físico como funcional e psicológico e, por estas razões, necessita de atenção, respeito, honestidade, ou seja, depende de uma medicina sem pressa!  Vamos continuar lutando !!! 

(frase escrita por mim em texto cujo título é:  A mão que controla a caneta, publicado no Jornal do C.F.M.  em fevereiro de 1998)

  • No passado, a avaliação do médico era fundamental e os exames eram complementares, nos dias atuais o que é complementar é a avaliação clínica, razão pela qual o médico ganha, por consulta, o valor de uma latinha de cerveja e o tempo dedicado a cada consulta não pode passar de 15 minutos para que o profissional de saúde consiga sobreviver! 
  • Nos últimos anos o perfil da assistência médica modificou-se radicalmente e sugiram médicos com um perfil diferente do passado, em sua maioria especialistas que se dedicam cada vez mais a cada vez menos, mas felizmente (ou infelizmente…) surgiu uma docente de excelente qualidade, a Professora Estatística, cujo filho, o Dr. P<0,001, é cada vez mais respeitado e não se compromete com a qualidade de vida do doente, mas sim com sua quantidade, e nos orienta de forma inquestionável!  

Antigamente, até algumas décadas atrás, a Medicina era baseada na Experiência, mas o tempo passou e, atualmente ela passou a ser baseada nos Exames, na Estatística, nas Evidências (Protocolos, guidelines, consensos…), na Esperança, na Esperteza, na Embromação, na Encenação e, principalmente na Egolatria (Eu sou o bom !!!), ou seja, continua baseada na letra “E” e cada vez mais no que eu denomino “Belief Based Evidence”.

Dario Birolini


“Quando Slow Medicine mostrou a sua força!”

“O ano de 2020 começou como qualquer outro, com as minhas aulas no Japão, em fevereiro. Aí começou uma experiência inédita que mudou todo o ano: COVID-19. Em janeiro, haviam surgido os primeiros casos de COVID-19 no Japão, trazido por turistas chineses da província de Wuhan. Como sou do Departamento de Saúde Pública e Epidemiologia na Yokohama City University, onde sou Professor afiliado, começamos a estudar os casos para rastrear e estudar a transmissibilidade. No meio do mês de fevereiro, aporta no porto de Yokohama o transatlântico Diamond Princess, com milhares de passageiros e com surto de COVID-19 a bordo, com centenas de contaminados e a Agência de Saúde do governo japonês tentando manejar da melhor forma para salvar vidas. Por ser a escola médica mais próxima do porto, vários colegas foram dar os primeiros atendimentos no transatlântico e alguns se contaminaram: descobrimos que era uma doença viral de comportamento diferente de qualquer outra virose até então conhecida: uma doença nova altamente transmissível e de alta letalidade. Enquanto estávamos neste “estado de pânico”, o vírus foi-se espalhando pelo mundo e a OMS decretou COVID-19 como sendo Pandemia. Voltando ao Brasil, retornei para os meus trabalhos no Hospital Universitário, onde sou médico e docente, e começamos a preparar as estratégias para “eventualidade” da virose chegar no sul do Brasil e, infelizmente, chegou. Foram momentos de muito aprendizado. Havia uma verdadeira “avalanche” de propostas de tratamento e prevenção, o que acabou gerando muita incerteza e insegurança em todos nós. O que me salvou neste momento (e me salva até hoje) foram os princípios do Slow Medicine. Princípios como “menos pode ser mais”, “ouvir”, “decisão compartilhada” e, acima de tudo, “calma, vamos conversar” (com colegas e pacientes e familiares) foram os valores aprendidos no Slow Medicine que me mantiveram de pé até hoje, muitas vezes, trabalhando até 16 horas por dia, mais tranquilo e sereno e retornando todos os dias para a minha cama com a sensação do “dever cumprido” e poder dormir até outro dia de batalhas, o que continua até hoje. Este ano foi muito longo e curto, ao mesmo tempo: longo, porque aconteceram muitas coisas, como nunca nos anos anteriores que vivi até agora; curto, pois queria ter aprendido mais, ter tido mais tempo para poder “viver” esse tempo de grande aprendizado. “Slow Medicine, muito obrigado por ter-me ajudado a sobreviver a este ano!”

Emilio Hideyuki Moriguchi


“Dois mil e vinte foi um ano desafiador no sentido de encontrar o equilíbrio entre tantas demandas exigidas no período de restrição social, e me manter emocionalmente e espiritualmente  elevada frente aos acontecimentos no Brasil e no mundo, com a questão da pandemia. Ao mesmo tempo, me permitiu uma auto avaliação de vida e propósitos, o resgate de alguns valores e o contato com temas e grupos que me engradeceram como profissional e pessoa.”

Flavia Aires


“Um ano que me fez refletir sobre o significado de adoecer. Uma célula enferma é aquela que deixou de fazer o que lhe compete e saiu da ordem do todo. A Terra está doente e nós seres humanos (seu organismo) há tempos deixamos de pensar e fazer o que nos é próprio.  Não se trata só de um vírus, trata-se do quanto estamos em desacordo com as leis da natureza. Mantenhais a união, Gaia diria. Estamos todos doentes e essa doença se chama egoísmo, filho da ilusão de Vênus e Marte.  Ah! Apolo, médico, Esculápio, Hígia e Panacea, se aprendi algo neste ano vem de Eros à Psiquê. Que seu arco seja nossa vacina e sua irmã mortal, Harmonia, nossa esperança! “

Jaqueline Doring Rodrigues


No que diz respeito à batalha entre como inspirar as pessoas a respeito do significado da Slow Medicine, e minha necessidade pessoal de adotá-la, este ano foi movimentado. O ponto alto aconteceu na conferência de junho e a esperança que ela inspirou em todos nós. O ponto baixo chegou recentemente, através de um problema de saúde pessoal sério que me arrastou para o caos inacreditável da América. No hospital eu conversei com vários membros da equipe que se mostravam interessados na ideia da Slow Medicine, mas que logo em seguida prosseguiam com sua prática fast em nome de maximizar a eficiência dos ganhos financeiros enquanto se distanciavam das reais necessidades do paciente. Uma jovem enfermeira, aflita com os horrores do nosso sistema brutal, e sonhando em oferecer uma assistência real aos pacientes, ficou extasiada ao ouvir sobre o nosso movimento, prometendo escrever em breve com questionamentos sobre o assunto. Não recebi notícias dela nos quase dois meses que se seguiram à nossa conversa. Ela talvez tenha ido para casa e mergulhado em desespero. Quem sabe como isso teria impactado sua vida? O que me veio à mente é esta criatura de duas cabeças: as coisas precisam mudar, e as pessoas têm medo de mudar quando se deparam com nossos hábitos monstruosos. Eu me sinto tentado a evitar esse confronto impossível e fugir para bem longe. Mas a verdade é que eu preciso continuar a caminhar cuidadosamente em direção a isso, mesmo sem ter ideia do que vai acontecer e sem esperar ver os resultados dos meus esforços. A crença de que, porque nosso sistema precisa mudar, ele mudará, é o que me sustenta. (*)

(*)”Between struggling with how to reach people with the meaning of Slow Medicine, and my own need to apply it, this year has been eventful.  A high point occurred with the June conference and the hope that inspired. A low point arrived recently with a serious personal medical problem landing me right back in the middle of the impossible mess in America. In the hospital I had many conversations with staff members who were interested in the idea of Slow Medicine, but who then pushed ahead with fast medicine practice meant to maximize the efficiency of the gathering of money while missing the actual needs of the patient. A young nurse, despairing of this horror of our system of plunder, and wanting to be of real service to patients, was ecstatic on hearing of our movement, promising to write soon with questions.  I haven’t heard from her almost two months later.  She might have gone home and plunged back into despair. Who knows how this will turn out for her? What comes back to roost for me is this two-headed creature:  things must change, and people are afraid to change in the face of our monstrous habits. I am tempted to avoid this impossibility and run away.  The truth is that I must continue to walk carefully directly into it, not knowing the outcome or expecting to see the results of my efforts. The faith that because our system must be balanced, it will be, sustains me.”

J Ladd Bauer


“A Slow Medicine pode representar um novo humanismo na prática médica, através do resgate de seus valores fundamentais: o tempo, a relação clínica, o compartilhamento de decisões e o uso cauteloso da tecnologia. Dois aspectos da relação médico-paciente que devem ser nutridos são a compaixão e a empatia. Para isso, o entendimento do sofrimento do outro é essencial.  Uma das maneiras deste processo se concretizar é quando o próprio profissional de saúde adoece. Ou vivencia a doença em sua família. Este aprendizado pode ser muito enriquecedor, trazendo ao médico e ao profissional de saúde a experiência pessoal do sofrimento. A sensibilidade de perceber e acolher outro ser humano adoecido certamente pode ser modificada. Porém, também precisamos conhecer nossos limites. Nossa capacidade de modificar a nós mesmos muitas vezes é restrita. Nossa capacidade de modificar ao outro, praticamente nenhuma. Mas podemos ouvir, esclarecer, informar, compartilhar decisões e apontar direções, que possam auxiliar ao paciente e seus familiares em tomar as decisões mais adequadas, de acordo com seus valores, desejos e expectativas. Neste ano de Pandemia, muitos profissionais de saúde adoeceram e mesmo perderam suas vidas. Estiberam do outro lado da mesa. A Slow Medicine vê, na relação médico-paciente, ou relação clinica, termo cunhado pelo bioeticista espanhol Diego Gracia, o fulcro da prática médica. E embora, individualmente, dificilmente consigamos mudar ao outro, a Slow Medicine, enquanto um movimento coletivo e abrangente, pode oferecer os instrumentos e ferramentas para uma prática médica mais empática e humanista. E desta forma, transformadora. Mesmo na mais dramática tragédia sanitária que a humanidade está vivendo nos últimos 100 anos”

José Carlos Campos Velho


“Fiz inúmeros planos, mas tudo tem o seu tempo determinado e há tempo para todo propósito debaixo do céu.  Inaugurei o ano, impulsionada a colocar em prática tudo aquilo que li nos livros e que ensinava na teoria sobre terminalidade da vida. Compreendi que há um tempo para lutar, mas também de saber dosar  e não avançar diante de certas respostas. Por mais que tenhamos todo aporte tecnológico do mundo, é necessário usá-lo parcimoniosamente para não causar o sofrimento  em virtude de um inútil apego material. É necessário ter discernimento e, sobretudo, respeitar a integridade e a dignidade. Nessas horas de tomada de decisão difícil, parece que o chão se abre, mas se ocorre preteritamente uma construção de valores e anseios por meio de diálogos, apesar da dor excruciante em decorrência de uma primeira grande perda, ainda é possível um conforto emocional que direciona a uma certeza nos atos.  Deixar partir ao seu tempo e com conforto é a maior forma de amor, principalmente quando se reconhece o limite e se obsta o sofrimento. O ritual da morte não deixa de ser um  ritual da própria vida. Isso, inclusive,  nos ensina a  lidar com as nossas próprias inseguranças e limitações. Durante esse período, fui acolhida e apenas  reafirmei como estava ladeada por pessoas incríveis, não importando em qual lugar do planeta.  Solidariedade, cuidado, generosidade, palavras de carinho e abraços que juntam os pedaços não me faltaram. Eterna gratidão.

Porém, 2020 não apresentou momento para pausas. Na sequência, fomos todos surpreendidos pela  pandemia. Ausência absoluta de fórmulas prontas das tais evidências  cientificas, provando, uma vez mais, a importância do cuidado em saúde, do olhar integral, da sabedoria nos atos e da humildade frente ao desconhecido. Viver o hoje sem o amanhã, ainda nos permeia diante de tantas incertezas. Para manter o equilíbrio é fundamental, nesses momentos, silenciar, olhar para dentro, abraçar as nossas sobras, trabalhar nossos medos, rever nossos valores, e nos reinventar, porque a vida não espera! Enxergar empaticamente para o outro – individual e socialmente -, revisitar conceitos já conclamados e analisar como as nossas atitudes podem representar um grande malefício, não apenas para quem está próximo a nós, mas também a todo o ecossistema. Foi reformulado o nosso modo de comunicação e utilizada a tecnologia que aproxima. Isso nos ensinou que as aflições são as mesmas em qualquer lugar do mundo, pois o que nos une, é o fato de sermos humanos. 

Em suma, 2020 trouxe várias: Humildade. Retidão. Maturação. Reinvenção. Nada somos; nada controlamos em absoluto. Somos parte do sistema, e não o sistema em si. Quando eu me enxergo no olhar do outro, a cura dele é a minha cura.”

Lívia Callegari


“Na verdade, eu ainda estou aprendendo com a Pandemia. Coisas que intuía, durante a Pandemia se consolidaram, como: melhor valorizar o tempo, ouvir seu “chamado” para fatos que realmente importam na vida, além de ser menos ansiosa e menos crítica comigo e com os outros.  A Pandemia me obrigou literalmente a entrar no mundo da tecnologia, da informática, para não ficar para trás. Por fim, as cenas que assisti de animais que voltaram a ocupar espaços mais límpidos das águas, nos rios e mares, me faz acreditar que também nós, de alguma maneira, estamos voltando a ocupar nossos espaços, aprendendo a fazer melhores escolhas. A Pandemia está nos dando esse tempo, de renovação de nos reinventarmos a cada dia.

Vera Bifulco​​

Foi uma verdadeira revelação descobrir um grupo de médicos brasileiros encontrando-se todas as semanas, ainda que virtualmente, quando compartilhavam suas experiências com a Pandemia. Eu pude participar de alguns desses encontros. Para vocês, no Brasil, era o final de um dia de trabalho árduo, e para mim era quase meia-noite… Foi tão gratificante ver todas essas pessoas maravilhosas, de diferentes regiões, gerações e idades… Foi uma honra participar com vocês do webinar, em 18 de junho. E eu espero colaborar com vocês no desenvolvimento de uma plataforma virtual internacional sobre Slow Medicine. Abraços! (*)

(*)”It was a true revelation to see that an active group of physicians in Brazil met weekly online where they exchanged their experiences with the pandemic. I could join a couple of these meetings; for you in Brazil it was the end of a day of hard work, for me it was around midnight… So nice to see all you wonderful people, from different regions, generations and gender. It was an honour to address you in the webinar on 18 June. And I am looking forward to collaborating with you in developing the international online platform of Slow Medicine. Abraços!” 

Yung Lie

 

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